quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

O AMOR DE DEUS NÃO GARANTE A SALVAÇÃO

Venancio Junior

Atualmente tem se propagado que Deus ama a todos sem distinção incondicionalmente. Isto é verdade e creio nisto também, porém, o processo de salvação não é, em absoluto, uma ação unilateral. Ser amado por Deus somente não significa ter a garantia de salvação. Tem um condicionante fundamental em que há o mesmo peso no processo de salvação que é a pessoa amar a Deus acima de todas as coisas reconhecendo-se como pecador que gera o arrependimento. Amar a Deus não é somente um sentimento, mas, demonstrar que ama de verdade com práticas que revelem este amor. Ser amado significa que Deus deseja o bem para todos e está disposto a tudo para que se tenha o melhor da vida. Deus nos criou para viver e jamais para morrer. Houve um atropelo nos planos originais de Deus que, contrariamente ao que dizem, Deus não é arbitrário. Leia o texto “Quem crer será salvo, quem não crer já está condenado “. Tudo o que se imaginar na natureza que foi criada sofreu desconfiguração na sua característica. Esta criação na qual se inclui a natureza começou literalmente a apodrecer e a vida humana e animal agora tem um fim. A água que era potável, com a intervenção humana agora é poluída e precisa de um processo de purificação. A natureza orgânica precisa ser cuidada para não apodrecer. Os metais enferrujam caso não seja aplicado o processo de lubrificação. O único processo em que não houve modificação foi o da reprodução. Tudo o que tem fôlego de vida é composto por macho e fêmea para que se multiplique. A formação sofreria deformação e o pecado é a única e principal causa da desfiguração do caráter aplicado somente a quem tem alma que é o ser humano. O pecado tornou-se um composto da alma. Portanto, os demais componentes da vida humana que não tem alma, estão fora das consequências do pecado. O texto diz que “A alma que pecar, esta morrerá”. Toda alma peca porque nasce no contexto do pecado e precisa de um processo de resgate e Deus quer saber quem deseja ser liberto o qual todos perderam o seu direito concedido por ele próprio. Repito, como Deus não é arbitrário, então, cada um decide pelo seu futuro. É necessário ter predisposição e iniciativa confiando e abandonando a vida de pecado. Vida de pecado é a desfiguração da característica original. Enquanto houver fôlego de vida, isto deve ser contínuo tendo a fé em Jesus como mediador que nos justifica a Deus. Confiando em Deus, a sua salvação está garantida mediante o seu amor quando somos aperfeiçoados em Cristo que nos justifica diante de Deus.

Afinal, como funciona este processo de salvação? Será que basta saber que Deus existe e acreditar que tudo pode sem assumir qualquer compromisso com o criador que estará tudo resolvido? Deus nos amou primeiro, isto é fato, pois, somos criaturas feitas com amor. E o amor da criatura para com o criador? Não existe amor inconsequente. O amor é sempre para construir. Antes de perder a conexão, o amor era pleno e absoluto. Tudo era consequência do amor, por isto que a bíblia diz que nos amou primeiro porque fomos feitos por amor. Após a queda, Deus preocupou-se e se envolveu pessoalmente em Jesus para nos trazer de volta a sua presença. O condicionador desta religação é crer em Deus e saber que tudo isto aconteceu, tanto a ascensão da criatura à presença de Deus como, também, a sua destituição. Se houve um processo para sermos banidos, obviamente, há um outro processo para a recondução. Deus sempre nos amou e condicionou por livre arbítrio a salvação para quem quiser se submetendo a este processo que tem o seu início pela fé. Somos salvos mediante a fé. Será que a fé é apenas um sentimento que não precise demonstrar na prática confiança e arrependimento? Fé e arrependimento estão de mãos dadas neste processo. A fé vem primeiro, logo em seguida vem a consciência de pecador e consequentemente vem o arrependimento. Um não subsiste sem o outro.